3 de jul. de 2009

Seis anos...

A morte, saborosa e fria que volta e meia me visita é tão parecida com a luza do sol que eu quase chego a confundi-las.
A morte que outrora ja levou tudo que eu mais amava embora, hoje me faz querer pular de um rabugento penhasco denovo.
A mesma morte que pra alguns é começo de nova vida me faz esquecer qualquer dor e qualquer momento ruim.
A morte é um anestésico desejado pela maioria em sua inconsciencia mais profunda. O unico capaz de curar as dores da alma, do coração e da mente.
Morte essa que as vezes confundo com a sorte que tenho ao escapar ileso das provas que o mundo resolve me aplicar.
Morte essa que a seis anos me faz lembrar dos motivos pelos quais eu ainda vivo. De todos os principios nos quais eu acredito. Principalmente agora que a verdade resolve me afrontar e gritar na minha cara que eu tenho largas chances de mudar o meu destino.
A mesma morte que me ensinou a viver sozinho lembrando apenas da parte boa, de cada sorriso, dos hábitos e da amizade incondicional que ela própria levou, hoje me faz ser seco quando preciso ser mais aberto e me transforma numa criança medrosa quando preciso enfrentar os meus medos.
Medos esses que eu tento superar desde o dia em que eu soube o que a morte era capaz de fazer.


Seis anos.

E eu ainda me lembro do Jornal Nacional, do fogo e do carro

Seis anos e eu nunca disse Adeus.


Seis anos...

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