24 de set. de 2008

Poético Demais



Talvez eu enfeite demais quando uso palavras
Talvez eu nem saiba ao certo como usá-las
Pode ser também que eu só esteja tentando deixar tudo mais bonito
Mais acreditável, colorido, mais divertido,
Ou mais honesto perante o que meus olhos gostariam de ver
Ou então posso estar querendo enganá-los,
Camuflando as coisas pra que eles não percebam a real problemática de tudo.
Talvez eu seja só louco demais pra falar a verdade.
Confuso demais ou tolo demais pra acreditar nela.
Talvez eu só seja completamente apaixonado por alguém
Que me faz juntar esse monte de palavras
Pra tentar escrever alguma coisa nova, diferente,
E que a faça sorrir verdadeiramente.
Talvez, somente talvez, um dia eu consiga este feito.
Ou então se ela me olhar e sinceramente disser um não,
Então poderei dizer que sou
Completamente poético demais.

23 de set. de 2008

Em Desespero...


As vezes é necessário se destilar, se quebrar um pouco. É preciso abrir mão de você mesmo pra fazer bem a outras pessoas.
Foi por isso que eu joguei meus conceitos fora quando voltei a tomar sem contar pra quase ninguém meus antidepressivos. Comecei a tomar pra ter forças e suportar os problemas que eram atirados contra mim como se fossem fruto da metralhadora do Rambo. E o pior é que eu sempre fui fã do Rambo.
Mas isso é outra história. O fato é que eu não conseguia mais suportar algumas situações de conflito que não faziam mal só a mim, mas aos espectadores destes conflitos. Como por exemplo as brigas com meu irmão adolescente que espelhavam na minha mãe muita tristeza ou coisa do gênero. Sem contar na quantidade de pessoas das quais eu me afastei, ou pras quais eu acabei dizendo coisas pesadas e da boca pra fora. Enfim. Tentando evitar todos esses conflitos interpessoais foi que eu me entreguei novamente aos comprimidos, e secretamente mantive isso por quase um mês.
Não nego em momento algum que tenha sido até melhor pra mim, pois eu me senti mais feliz, mais forte, mais capaz de aceitar as surras que o mundo me dava. Mas foi ai que eu percebi em que chão eu estava pisando.
Eu evitava os conflitos, fugia dos problemas e me escondia em comprimidos que me chamavam cada dia mais pra junto deles. Em um mês já tinha quase dobrado a dosagem (comecei tomando metade do que era receitado e passei para a dosagem correta. Nada que não tenha vindo do médico.), o que começou a me tornar dependente, ao mesmo tempo que NINGUEM mais fazia algo pra que os conflitos fossem evitados, pelo contrário, eles continuavam ocorrendo e eu não dizia nada, passei a ser um peso morto, um saco de pancadas e aceitar todo tipo de xingamentos e agressões que lançavam contra mim, sem ter nem ao menos a dignidade de reclamar depois quando começasse a doer.
Um final de semana sozinho em casa foi o suficiente pra me acordar deste sonho. Acordei tarde demais no sábado e não tomei o remédio de manhã, tive dores de cabeça e náuseas o dia todo, mas estava bem, me divertindo e conseguindo escrever. Coisa que a vários dias eu não fazia. Tomei muito café naquele dia e decidi não tomar o remédio a noite. Acordei no domingo irritado, odiando a minha cara mas podia me sentir. Consegui me irritar facilmente com uma pá de coisas, depois teve o ensaio da banda e tudo foi melhorando. E decididamente ontem joguei todos os comprimidos na privada, pra nunca mais ter a tentação de olhar pra eles.
Confesso que estou em um momento de desespero, sinto falta da calmaria que me abateu naqueles dias de clausura do mundo que os remédios proporcionavam, mas não adianta se drogar pra contornar os problemas. Se eu não for capaz de enfrentar sozinho então não mereço que as coisas dêem certo no final não é?
Então como diria o mestre Yoda (Star Wars) Que esteja com você a força meu jovem. Mas como ser forte diante de tudo que acontece e de toda a grandiozidade e complexidade das coisas que acontecem? Tem dias que até mesmo o mais bravo dos soldados cansa de lutar. E eu ja estou cansando...


“Desespero. Eu me encontro aqui, em desespero e sem saber o que fazer.”

16 de set. de 2008

E quando acabar?


Ontem escrevi alguma coisa sobre você, mas resolvi apagar tudo o que tinha escrito porque percebi que metade daquelas coisas eram apenas ilusões que minha mente resolve aplicar em mim pra me fazer sofrer menos quando penso em você.
Tinha escrito alguma coisa sobre como é bom estar com você e passar meu tempo ao teu lado, e nessa hora percebi quanto tempo faz que eu não vejo você, pelo menos em uma situação confortável contigo. Não saímos mais e nem se quer comemos juntos a alguns dias. O que tenho com você é uma rotina, me acostumei a dar a mão pra você e a ir somente aos lugares que você vai. Se você não vai, também não vou, e assim perco a metade dos finais de semana da minha vida.
Lembro-me também de ter escrito sobre a forma como você se demonstra apegada a mim, como fica me olhando com o mesmo ar de desejo de sempre, e foi ai que caiu o véu que cobria meus olhos e me lembrei que faz um certo tempo que não trocamos um afago, e meu olhar nunca mais conseguiu encontrar o teu do mesmo jeito, você nunca mais me olhou daquele jeito de que “vai dar namoro”.
Enfim, cheguei ao final daquele texto e decidi que com toda certeza o nome dele seria “Mentiras”, pois é disso que me baseio ultimamente quando chego perto de você. Por amor ou por costume, me prostro ao teu lado da mesma forma, fingindo uma alegria que não é minha, beijando com lábios que já não são mais os meus, mês esqueço de mim por não ter coragem de te dizer que eu não consigo mais contornar a situação e ver você me esquecer, me deixar de lado todas as vezes que tiver algo que julga melhor pra fazer. E assim perco meu tempo, sendo alguém que você quer, alguém que mesmo insatisfeito não quer destruir todo o tempo que passou junto com você por mais que saiba que a única saída que resta é essa. Terminar tudo e ir embora tentando esquecer o tempo.
Se eu crescer mais um pouco, perceberei o quanto estamos distantes de ficar juntos pra sempre como sempre prometemos...


...

“Cansei de ser a tua propaganda. Cansei de ser um numero qualquer, cansei de ser.”

13 de set. de 2008


Eu decididamente gostei de você. Até perceber que a gente não conseguia dar certo. Eu realmente tentei ficar perto, até perceber que aquilo tudo era grude demais. Eu simplesmente acreditei que eu ia conseguir suportar você falando do meu lado por horas sem parar, pensei que agüentaria seus assuntos ultrapassados e suas manias sem graça. Tudo isso porque eu gostava de você.
E foi então que num instante de loucura eu acordei. E me senti tão menor por estar fazendo aquilo e ver que era simplesmente pra te fazer feliz.
E a partir desse momento foi que desliguei os aparelhos e deixei meu coração parar de bater. Não quero destruir você. Mas com você estou me destruindo também e não é isso que eu quero pra mim.

Te espero La no fim da estrada, pra ver se vai dar certo um dia.

Just want you to be happy.

10 de set. de 2008

SImples Erros?


Um dia desses veio um cara no msn me perguntar por que simpleserros era o nome do meu blog. E foi ai que eu percebi que nunca tinha falado sobre isso, e ai começa a explicação. Um erro simples. Não falei sobre o titulo da coisa quando esta deveria ter sido a primeira coisa a fazer.
Funciona assim. Errar é tão simples que a gente nem percebe que fez isso. E simplesmente erramos quase todo o tempo.
Erramos quando tentamos fazer a coisa certa, erramos de propósito pra provocar alguém, provocamos o erro de alguém, ou errando por nos mesmos fazemos com que alguém acerte alguma coisa. Erramos quando estamos certos e com certeza estamos errados quando achamos que estamos certos mesmo diante de um erro claro. Erramos no trânsito, nas contas de matemática, nas relações amorosas, no trabalho. Erramos até mesmo quando cuidamos da nossa saúde, como um dia destes em que tomei um remédio errado pra gripe e resultou em uma conjuntivite alérgica. Erro simples, simples erro.
Isso mostra que todo erro tem uma conseqüência, Um motorista que faça uma curva errada pode causar um acidente, um erro de cálculo pode derrubar um avião, assinalar uma questão errada pode tirar a tua nota e fazer você repetir um semestre inteiro na faculdade. Enfim simplesmente erramos. E por mais simples que seja, foda-se porque errar é humano.

9 de set. de 2008

Ela e só



Ela disse que se sentia só
Mas como pode se sentir só alguém que tem a mim?
Ela só disse que só ela se sentia só assim
Eu me pergunto se ela seria tão só sem mim
E se ela deixar de estar só quando estiver somente junto a mim?
Ela disse “eu me sinto só”.
Tão só ela se sentia que obrigada foi a confessar.
Não gosto de ver ela só.
Espero que essa realidade seja fácil de mudar.
Ela estava se sentindo só.
Isso seria pra me sugerir que ficasse mais perto?
Minha cabeça chega a dar um nó
E eu não sei mais o que dizer ao certo
Ela se sentia só, mas quem é que nunca se sentiu assim?
Ela pode até se sentir só, mas nunca estará sozinha, se isso depender de mim.