Coração. Como uma amiga de blog diz, um músculo, burro, sem graça. Só um músculo.
O meu nem direito bate. Doente alem de tudo. Sangrando por causa do mundo que nem meu cérebro entende e forçam esse meu músculo burro a bater por razões, por pessoas ou por sentimentos.
Sentir o coração parar é uma coisa boa e ruim ao mesmo tempo. Depende do coração eu acho. Pra pessoas como eu que não se importam com vida feliz é até mais atrativo quando ele para, quando você sente o enformigamento total do corpo, quando você sente o sangue gelar, as pessoas gritando e seu peso todo caindo ao chão. E ai ele volta. Ressuscita e levanta como se não fosse nada. Sentir esse tipo de coisa foi uma escolha minha pra poder continuar sendo merecedor de tais olhos brilhantes, de beijar aqueles lábios de ter o amor de alguém.
Agora acredito que depois desta escolha eu não tenha mais volta. Ao fazer a escolha de morrer por alguém, significa que se escolhe nascer de novo. Mas e se esse alguém simplesmente não quiser?
Tenho desejado esse frio, sem dor, sem lágrimas a quinze dias. Mas estou com medo que ele acabe por chegar.
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