8 de jan. de 2010

Odeio a palavra distancia.


Mas creio que devo justificar meus motivos.

Acredito piamente que tudo se torna mais difícil quando se esta longe, quando não se tem noticias, quando se fica impedido de olhar, tocar, abraçar, beijar, conversar.

Ficar longe das coisas e das pessoas que você gosta é tão cruel que deveria ser proibido.

É assim que me sinto, todos os dias passo pelo terminal rodoviário indo para o trabalho, entro pela sua extremidade direita e saio pela esquerda, atravessando-o por completo. Vejo pessoas, muita gente diferente a cada dia, alguns inclusive se botam a me cumprimentar. Vejo as lojinhas, bancas de revistas, a loja de discos e camisetas de banda, a lanchonete e os portões de embarque. Portões que quase podem ser chamados de “portas da esperança” já que são por eles que passam muitas pessoas rumo ao fim da distancia que machuca seus corações. E é olhando pra estes portões que me sinto mais sozinho, mais triste. Sinto falta de tudo que eu mais quero. Sinto vontade de largar tudo e ir buscar alguém pra ser minha pro resto da vida, depois caio na real e vejo que ainda terei de olhar praqueles portões muitas e muitas vezes até isso ser humanamente possível. Mesmo assim, o portão de onde sai aquele ônibus das 20:30 sempre me chama a atenção. Eu gosto de olhar pra ele e imaginar que em algum momento ela pode estar descendo a escada do ônibus e vindo na minha direção.

Sonhar não custa nada.

Estou com saudades.

Amo você.

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